Uman olhou com tristeza para o dano causado pela sua metade má à criação que ele e Fardos haviam trabalhado tanto para conseguir. Ele percebeu que Zathroth tinha ido longe demais. Em seu desespero ele deu a Fardos um conselho. Juntos, eles decidiram que o melhor a se fazer era quebrar a conexão que havia entre Uman e Zathroth de uma vez por todas. Eles então empenharam com grande energia para essa tarefa, e seus esforços pareciam estar próximo ao sucesso. Porém quanto mais fraco ficava a conexão entre Uman e Zathroth, mais fraco ficava o próprio Uman, e então eles perceberam que a Dualidade não poderia ser separada sem colocar em risco a própria existência de Uman. E enfim a invocação foi abortada. Uman teve que aceitar o fato que a dualidade entre Zathroth e ele, não poderia ser quebrada, e que seus destinos e suas existências estariam entrelaçadas por toda a eternidade.

Porém, os esforços de Uman e Fardos, não permaneceram totalmente sem conseqüências, durante a tentativa frustrada de separar o Deus duplo, uma pequena parte saiu deles, esse pequeno fragmento se expandiu e tomou forma e eventualmente se tornou uma criatura consciente. Nessa hora Kirok o louco nasceu. Dono de um peculiar ancestral, esse estranho Deus tinha uma natureza perturbada, ou digamos assim esquizofrênica. Ele herdou a mente criativa de Uman em sua natureza, até que ele se tornou o Deus patrono de todos os caminhos da Ciência e pesquisas. Porém, uma parte de Kirok era famosa pelo seu perturbado senso de humor. Ele adora piadas de mal gosto e pegadinhas sem graça, e essa característica peculiar faz dele o favorito de bardos, e todo tipo de pessoas suspeitas.

Enquanto Fardos e Uman estavam trabalhando em suas magias, as façanhas de Zathroth continuavam a destruir a preciosa criação dos deuses anciões, e a devastação continuava sem pausa. Parecia que todo o mundo estava condenado a perecer. Porém, alguns dos deuses menores estavam cansados de apenas ficar parados vendo sua amada Tíbia ser Destruída. Eles decidiram fazer resistência contras as hordas inimigas. Bastesh a princesa do mar, crio grandes e misteriosas criaturas que eram tão elegantes quanto fortes, e ela populou seus mares com elas para ter certeza que as criações de Zathroth nunca poluam suas águas puras, porém havia muito pouco que ela pudesse fazer para ajudar seus primos que viviam em terra seca. De todas as suas criaturas as únicas que podiam viver na superfície era as traiçoeiras e venenosas cobras. Crunor e Nornur também, Criaram criaturas para lutes contra Brog e as hordas de Zathroth: Crunor o Lorde das arvores criou poderosos lobos, enquanto Nornur equipou suas amadas aranhas com um veneno mortal para deixa-las mais poderosas.

Porem apesar de todos seus esforços, os Deuses não puderam criar criaturas que fosse páreo para as bem organizadas hordas que invadiam a terra, a pele dos lobos e o exoesqueleto das aranhas não podiam resistir ao aço das laminas dos orcs,e para cada troll que caia pelo veneno outros dois tomavam seu lugar. Mo final as criações dos deuses fugiram para lugares fáceis de se defender: os lobos fugiram para dentro das florestas enquanto as aranhas, para as profundezas das cavernas. Eles continuaram a luta, defendendo seus reinos contra o holocausto do exercito superior. Esses pequenos focos de resistência eram os únicos santuários no mundo que caia cada vez naus profundo no chãos. E o pior ainda estaria por vir, os dragões, sentiram que era o tempo de eles tomarem o que era deles por direito!

Por séculos eles propagaram e se expandiram em silêncio. Sem serem notados por todas as outras criaturas. Mas agora que Garsharak, o primeiro e mais forte de sua raça, mandou os dragões para o mundo e que não mostrassem piedade. Os exércitos de orcs foram parados pela inesgotável chamas do fogo mágico dos dragões, e muito em breve aquela orgulhosa raça Bárbara, que até aquele momento não sabiam o significado da palavra derrota, foram forçados a se retraírem nas profundezas do subterrâneo. Seus aliados, os mitológicos ciclopes não tiveram melhor sorte, apesar de terem vencido um notável numero de batalhas, usando poderosas armas e armaduras, eles também tiveram que recuar devido ao poder superior dos poderosos Dragões, eles se juntaram ao seus aliados, os orcs, e seus primos mais fracos, os trolls, no exílio subterrâneo. Suas orgulhosas cidades foram totalmente queimadas, e suas renomadas forjas foram perdidas para sempre.

Então os Dragões tomaram conta da terra, mas a Guerra ainda estava longe de acabar, seus piores inimigos, Cyclops e orcs, mesmo refugiados em seus subterrâneos, continuavam a lutar contra os dragões, e era um fato que os dragões estavam enfraquecidos devidos as batalhas anteriores, sofrendo varias perdas. Mas então a guerra começou entre os próprios aliados, Cyclops e orcs lutavam por comida e território em seus subterrâneos. E nenhum lado era forte o bastante para sobrepor os outros, e a guerra continuou por vários anos, e todas as raças sofreram muitas perdas durante as batalhas épicas, a terra estava cheia de corpos, e parecia que a vida em si ia ser banida da face de Tíbia, as perdas de todas as raças cresciam dia após dia, como se os vivos se afogassem nos corpos dos mortos.

Os Deuses anciões observavam a batalha cataclismatica que acontecia. Eles sentiram pena daqueles que eram destruídos por causa que eles não se preocuparam com as criaturas de Zathroth, eles sabiam que alguma coisa estava faltando, que alguém era preciso para tomar conta dos corpos e almas daqueles que morriam. Eles começaram a procurar uma solução, e finalmente Uman propôs que um novo Deus devia ser criado, um deus que pudesse cuidar dos mortos. Eles decidiram que a terra, que de uma forma era de uma forma uma criadora de vida, devia ter uma parte em toma-la de volta, então Uman criou um novo deus pai, mas, Os Deuses anciões não foram precavidos o suficiente, e Zathroth o Destruidor, descobriu os seus planos muito rápido. Ele estava fascinado com a idéia da morte desde o começo, porque ele viu nela uma nova chance de trazer ainda mais destruição ao mundo, então ele começou seu plano traiçoeiro. Ele se disfarçou de sua metade boa Uman, para enganar a Terra, e com isso criou um outro deus, Urgith o Mestre dos morto-vivos, esse ser traiçoeiro era devotado a morte, como Uman e Fardos tinham em mente, mas ele não se tornou o guardião da morte como eles haviam planejado, ao invés disso, Urgith era um deus cruel, que infundia os corpos dos mortos com uma energia maldita, e eles eram condenados a ficar num estado que não era nem vida nem morte, então foi o nascimento de Urgith que marcou o começo dos Morto-vivos.

E muito em breve inumeráveis morto-vivos vagavam pelo mundo, afinal Tibia estava coberta de incontaveis corpos de orcs, Cyclops e outras criuaturas – herança de muitos anos de uma guerra brutal, esses cadáveres providenciaram a Urgith como um campo de recrutamento ideal, e ele transformou todas as carcaças que pode em seus servos. Os deuses viam aquilo com horror enquanto a nova ameaça destruía sua preciosa criação, eles se apressaram em colocar seu plano original em ação, e Uman se uniu a terra para criar Toth o Guardião das almas, sua missão era guiar as almas dos mortos em segurança para o outro mundo, onde elas pudessem finalmente descansar em paz , enquanto seus servos,as minhocas, tinham a missão de devorar os corpos que estavam espalhados por todo o Tíbia, mas o estrago já estava feito, mesmo com Toth e seus servos fazendo o melhor para parar as Criações de Urgith, elas continuavam a vagar pela terra, Todas as outras criaturas, que já estavam muito enfraquicidas por causa de sua interminável guerra, não podiam por quase nenhuma resistência contra esse novo inimigo que crescia a cada perda deles, parecia que Tíbia estava condenada a ser um mundo habitado por morto-vivos.

Os Deuses anciões observavam o que acontecia com seu mundo, e seus corações se encheram com tristeza e ressentimento, eles sabiam que se nada fosse feito agora, Tíbia iria se tornar um grande cemitério , então eles começaram a procurar por uma solução, eventualmente eles concordaram em criar uma raça senciente eles mesmos, uma raça que fosse forte o bastante para lutar contras as hordas que destruíam seu amado mundo. Então eles criaram um raça e a enviaram a Tíbia, mas, as hordas de Urgith eram muito fortes. Sua raça foi derrotada em apenas uma geração, e foi banida da face de Tíbia, Então Uman e Fardos, Criavam raça após raça, e raça após raça iam desaparecendo da face de Tíbia para sempre, deixando para traz apenas lendas e ruínas. Hoje em dia essa era triste é conhecida como a Guerra dos corpos, e é envolvida em muitos mistérios, e infelizmente a raças destruídas são conhecidas apenas como ancestrais..

Porem nem todos os ancestrais foram erradicados da face de Tíbia na grande batalha, pelo menos 2 raças criadas pelos deuses anciões de algum jeito conseguiram escapar da destruição e sobrevivem até hoje, um deles são os elfos, criaturas delicadas que podem usar arcos e instrumentos musicais com grande habilidade a outra são os Anões, uma raça presenteada com habilidades de mineiros e forjas, ambas as raças lutaram bravamente, mas ambas tiveram que recuar devido ao poder dos inimigos, e apenas fugindo para lugares de refugio que eles conseguiram sobreviver. Os elfos após muitas lutas se refugiaram bem profundamente nas florestas, enquanto os Anões, Barricaram-se em sua impenetrável fortaleza bem ao fundo das montanhas do Tíbia, essas raças, esperavam por tempos melhores, abandonando a luta pelo mundo, mas pelo menos sobreviveram, todas as outras raças ancestrais, foram condenadas ao Oblivio,enquanto outras ocasionalmente são consideradas sobreviventes.

Apesar de toda sua força. Essas raças tinham um ponto fraco em comum, faltava-lhes fexibilidade. E isto provou ser fatal na Guerra contra o incontável exercito que eles estavam enfrentando. Aqueles que não foram aniquilados, sucumbiram as tentaçõess de Zathroth. Mais de um dos ancestrais, caíram nas promessas de Zathroth de Poder e conhecimento, e a lenda diz que os deuses anciões puniram muitos deles por traição. Há ainda uma teoria que diz que alguns desses ancestrais, que venderam sua alma a Zathroth viraram os primeiros Demônios. Seja como foi que aconteceu, todos os ancestrais falharam em fazer as expectativas dos Deuses anciões: um por um eles eram derrotados pelo inimigo, e as hordas ainda andavam pelo mundo. Mas os deuses anciões aprenderam com seus erros, sua próxima criação era preparada para o trabalho. E eles os chamou de Humanos.